O cenário da pandemia da COVID-19 serviu de gatilho para despertar outros problemas, entre eles, os que envolvem a qualidade do sono. Muitas pessoas se queixam de ansiedade, quadros depressivos, entre outros casos que levam ao sono ruim. Entretanto, você sabia que dormir mal pode ocasionar ganho de peso? Mas, como todo problema, este também tem solução. Confira o que preparamos neste post, para superar a situação da melhor forma!
Veja também! Como o psicólogo pode ajudar na saúde do sono?
Qualidade do sono e prejuízos à saúde
Os problemas relacionados ao sono têm chamado a atenção dos médicos, pois podem desencadear em prejuízos maiores à saúde. Ansiedade, preocupações financeiras e profissionais, além do medo de contaminação pelo novo coronavírus têm alterado a rotina de sono dos brasileiros. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, revelou que quase metade dos mais de 2.000 entrevistados (41,7%) relatam distúrbios relacionados à qualidade do sono durante a pandemia.
Já uma pesquisa feita na China, conduzida pelo Hospital da Universidade de Shenzhen e pela Universidade de Huazhong, mostrou que 20% das pessoas reclamaram que o sono durante o isolamento foi ruim, mais curto e agitado.
Relação entre tempo de sono e ganho de peso

Pesquisas apontam que a diminuição do tempo de sono está relacionada ao ganho de peso nos pacientes. O sono ruim afeta principalmente a produção de dois hormônios relacionados à obesidade: leptina e grelina. A leptina ajuda na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, ela gera aumento na queima de energia e diminui a ingestão alimentar, pois promove sensação de saciedade, reduz o apetite. Já a grelina, também conhecida como “hormônio da fome”, reduz a sensação de saciedade e, faz com que sintamos mais fome.
Segundo estudos médicos, dormir mal resulta em uma diminuição da produção de leptina e na ampliação da produção de grelina, o que leva as pessoas a comerem mais e, consequentemente, ganharem peso.
Obesidade pode causar apneia do sono
A obesidade é um fator que pode causar distúrbios do sono, pois o excesso de gordura corporal fica acumulado nos órgãos, como na parede da traquéia e nos músculos da língua, favorecendo a obstrução das vias aéreas e causando a apneia do sono. Por outro lado, a apneia do sono também contribui para a obesidade, pois, como vimos acima, dormir mal prejudica a liberação dos hormônios que regulam o apetite, o que pode gerar um “loop” nada saudável.
4 dicas para dormir melhor
Preparamos algumas dicas de como ter uma boa noite de sono. Veja:

- Desconecte-se dos aparelhos eletrônicos: a luz azul emitida por celulares, tablets, computadores etc, espantam o sono;
- Coma alimentos leves durante a noite: a alimentação é importante para contribuir com sua noite de sono;
- Durma sempre no mesmo horário: importante criar uma rotina, com horários estabelecidos para dormir;
- Aprenda a lidar com a ansiedade: pratique atividades que te deixem relaxado. Ioga e meditação ajudam bastante, exercícios de respiração e técnicas de mindfulness também são bons aliados.
Caso não note melhora, é importante procurar ajuda médica. Insônia, cansaço excessivo, sonolência diurna e dificuldade em ter um sono reparador podem ser sinais de problemas mais graves. Geralmente, o primeiro diagnóstico é feito por um clínico geral que encaminha o paciente para um especialista, de acordo com os sintomas apresentados.
Teste do sono: faça agora mesmo!
Uma das ferramentas para avaliar a qualidade do sono é a Escala de Sonolência de Epworth, desenvolvida pelo Dr. Murray Johns. Com base nela, a CPAPS disponibilizou um Teste do Sono para que você possa ver se o seu sono está sendo de qualidade ou não. De qualquer forma, lembre que este teste é baseado em sintomas, e não anula a necessidade de buscar um profissional. Clique aqui, faça o teste e descubra como está a qualidade do seu sono!
Conheça a CPAPS!
Aqui no blog da CPAPS, você encontra as melhores dicas para dormir bem. Separamos outros conteúdos que podem te interessar. Confira abaixo:
Médico especialista em sono: quando devo procurar?
Como o trabalho noturno altera a rotina do sono?
Fonte: Eduardo Partata – fisioterapeuta – CREFITO – 3/121685-F