Quem luta para parar de roncar, encontra uma centena de opções no mercado. São clipes, faixas e máscaras que prometem melhorar a qualidade do sono e auxiliar no tratamento contra o ronco. Os mais populares são o CPAP e o dilatador nasal, que são recomendados por médicos. A CPAPS irá te explicar quais as principais diferenças entre os dois, e qual vale mais a pena investir o seu dinheiro!
O que é o dilatador nasal e para que serve?
O dilatador nasal tem como promessa auxiliar no tratamento da apneia do sono e do ronco. Ele consiste em um clipe de silicone (ou um adesivo facial) colocado nas narinas ao dormir, impedindo que essa via respiratória não se estreite enquanto você estiver deitado.
Quem faz o uso relata que os sintomas de nariz entupido também melhoram em episódios de crise, e até mesmo o desempenho em esportes pode melhorar para os atletas. A ideia é que as narinas não fiquem obstruídas, e, então, o ronco é reduzido e é possível respirar mais profundamente.
O que dizem os especialistas
Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, para todas essas afirmativas e aparentes soluções milagrosas, existem ressalvas. A primeira delas é que o dilatador nasal não é indicado para qualquer pessoa com problemas respiratórios.
Em geral, se o problema estiver localizado na parte anterior do nariz (ou seja, na ponta), o dilatador nasal pode ajudar. Porém, se o problema for na região interna, ou na parte da laringe e faringe (onde, de fato, o problema do ronco é mais acentuado em quem é diagnosticado com apneia do sono), não há eficácia.
Para que uma pessoa ronque, muitos fatores influenciam essa condição. A principal delas é o formato anatômico da face. O tamanho da língua, formato do palato (céu da boca), além da espessura da garganta (e dos músculos) são alguns dos itens nessa “checklist”. Sendo assim, o dilatador nasal pode proporcionar um alívio caso você esteja lidando com um resfriado ou crise alérgica, mas não irá, de fato, ajudar a longo prazo.
Os especialistas alertam, inclusive, que o uso do dilatador nasal não é de grande ajuda durante episódios de sinusite, por exemplo. Isso ocorre porque, nesse caso em específico, o problema não está na ponta do nariz, e sim na parte mais interna da face.
As crises de sinusite são caracterizadas, principalmente, pelo aumento de secreção nos seios nasais (região entre e acima das sobrancelhas, e abaixo dos olhos). Por esse motivo, aumentar o fluxo respiratório com ajuda do dilatador nasal não surtirá efeito, já que o problema está relacionado com o excesso de muco nessas cavidades.
Por ser uma forma de tratamento paliativo, o dilatador nasal é somente indicado para usos de curta duração, ou em algum cenário muito específico. Ao viajar para regiões de maior altitude, onde o ar é mais rarefeito e a dificuldade de respirar é um pouco maior, o dilatador nasal alivia na adaptação.
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Neste caso, é o que justifica o porquê de tantos atletas fazerem o seu uso. Durante um exercício físico mais intenso, é natural que nosso corpo busque por mais oxigênio. E, com isso, um dilatador nasal pode deixar as narinas mais abertas para que se consiga respirar profundamente.
O CPAP é melhor que o dilatador nasal?
Como citamos até aqui, o dilatador nasal cumpre uma missão diferente de um CPAP. Enquanto o dilatador age apenas na região mais externa, apenas dilatando as narinas para ajudar a respiração profunda, o CPAP, por sua vez, garante que o paciente não sofra com as interrupções ao respirar enquanto dorme.
O CPAP é definido a partir da pressão de contínua nas vias respiratórias, impedindo que o paciente apneico tenha os episódios de asfixia comuns da apneia do sono. O problema respiratório é dividido em diferentes graus, como já explicamos nesse post aqui, exigindo uma pressão de ar específica em cada um deles.
A diferença mais importante entre esses dois métodos é que, enquanto o dilatador nasal ajuda a manter as narinas abertas, o CPAP mantém o ar contínuo entrando por elas, sem muita diferença entre uma inspiração e outra, promovendo o fluxo de ar sempre que o paciente precisar sem a necessidade de fazer maior esforço.
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Não é possível dizer qual é o melhor ou pior, já que eles não servem o mesmo propósito, ainda que alguns fabricantes afirmem que sim. Por isso, você deve se atentar bastante à descrição desses produtos e comprar com distribuidores de qualidade, que realmente irão ajudar a resolver o seu problema.
A variação de preços pode ser um dos principais motivadores da compra, entretanto, o maior custo-benefício está naquele que, de fato, vai servir como o tratamento adequado.
É válido ressaltar que, se você suspeita que está passando por um problema respiratório, e que esteja enfrentando dificuldades ao dormir por conta disso, é fundamental procurar um médico especialista.
Alguns exames, como a polissonografia e o teste das latências múltiplas do sono, detectam os padrões do sono e fazem o diagnóstico de distúrbios como a apneia do sono, o sonambulismo e a narcolepsia.
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