Diferenças entre a polissonografia e o teste das latências múltiplas do sono

Para identificar um distúrbio do sono, o primeiro exame que nos vem à mente é a polissonografia. Se você acompanha a CPAPS, sabe que falamos como ela funciona: é essencial para avaliar as atividades cerebrais, cardiológicas e respiratórias durante o sono, para, então, ter um diagnóstico preciso da apneia do sono e seu grau de severidade. Porém, outro exame conhecido na Medicina do Sono também é capaz de auxiliar especialistas no tratamento de uma série de distúrbios: o Teste das Latências Múltiplas do Sono.

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Para entender mais sobre isso, e as principais diferenças entre elas, a CPAPS organizou tudo o que você precisa entender sobre esses dois exames clínicos, e quais podem ser aplicados para cada situação.

O que é o teste das latências múltiplas do sono?

O Teste das Latências Múltiplas do Sono (TLMS), segundo o Instituto de Neurologia Funcional, é um tipo de polissonografia realizado no período diurno. Em geral, ele é realizado após uma noite completa avaliando o sono, com a ajuda da polissonografia que já é conhecida.

O principal objetivo desse exame é avaliar o sono REM, ou seja, aquele último estágio do sono, onde estamos na fase mais profunda e produzindo sonhos. A partir daí, é possível diagnosticar distúrbios como a narcolepsia e os motivos para a sonolência excessiva durante o dia.

Esse exame é fundamental para identificar, também, episódios de paralisia do sono e suas causas. A partir desse diagnóstico, o médico especializado consegue determinar se há uma causa fisiológica (como um problema neurológico) ou é resultante de um distúrbio emocional (como a ansiedade ou depressão), recomendando, então, um tratamento mais assertivo ao paciente.

Como é feito o exame e possíveis tratamentos

O Teste das Latências Múltiplas do Sono é realizado da seguinte forma: o paciente é levado para um ambiente escuro e silencioso, no qual poderá dormir. Os registros são feitos cinco vezes, cada um deles com duração de 20 minutos. Então, são feitos intervalos de 2 horas, no quais o paciente não poderá cair no sono.

Para realizar esse exame, o paciente deverá ser indicado por um médico especialista (seja neurologista ou da própria medicina do sono) para avaliar o problema. Em geral, pacientes que possuem sonolência excessiva (como é o caso do diagnóstico da narcolepsia) são os mais contemplados.

Diagnóstico da narcolepsia

Segundo especialistas, a narcolepsia é uma doença que existe tratamento, mas não há cura, sendo caracterizada como um distúrbio crônico. Ela possui manifestações clínicas no sono e na vigília, e, normalmente, atinge jovens na faixa dos 20 aos 30 anos.

Por não oferecer um risco de vida direto (com exceção de pessoas que operam máquinas e trabalham dirigindo), a narcolepsia não é considerada um problema grave. Ainda assim, no entanto, ela pode prejudicar a rotina do paciente, que, com sono, não aproveita a vida com qualidade.

Dentre os sintomas da narcolepsia, estão:

  • Sono excessivo;
  • Ataques súbitos de sono;
  • Perda súbita da força muscular;
  • Alucinações; e
  • Episódios de paralisia do sono.
Mulher de meia idade dormindo com o rosto apoiado sobre a mão
O sono excessivo prejudica atividades do dia a dia

Os sintomas podem ser incapacitantes, já que o sono excessivo (que independe da quantidade de horas que a pessoa dormiu, sejam muitas ou poucas) leva à diminuição do rendimento no trabalho e nos estudos, tendo consequências sociais e financeiras. Muitas vezes, pacientes com narcolepsia são diagnosticados erroneamente como “pessoas preguiçosas”, e, assim, um tratamento eficaz costuma ser feito décadas depois, quando é buscada uma nova opinião especialista.

Para o tratamento da narcolepsia, o paciente deve realizar um acompanhamento médico para que seja avaliado o grau de evolução do distúrbio. Com a ajuda de estimulantes e antidepressivos (geralmente inibidores seletivos de recaptação de serotonina), o paciente pode obter melhoras na qualidade de vida, voltando à sua rotina sem muitos problemas. 

Além disso, grupos de ajuda também são indicados, além de acompanhamento psicológico, para que o paciente troque experiências com outras pessoas que sofrem do mesmo problema, e que podem estar enfrentando consequências resultantes do distúrbio, como a depressão e a perda de peso.

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3 comentários

  1. Tenho muitas dores no pescoso dor intensa na cabeca e nao durmo nada parece que tenho cochilo a noite inteira acordo quebrada todos os dias

  2. Bom dia, gostaria de saber onde consigo realizar o exame de Polissonografia Com teste de latência múltipla do sono TLMS

    • Olá Eduardo, como vai?

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