Quem tem o costume de fumar antes de dormir sabe que o cigarro, na maioria das vezes, é usado como uma forma de relaxamento. Contudo, fazer isso acarreta vários malefícios para a sua saúde, tem relação com diversas doenças pulmonares e, inclusive, influencia diretamente na qualidade do seu sono, visto que a nicotina é um potente estimulante.
O cigarro pode ocasionar muitos riscos para sua saúde e prejudicar seu sono. De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável do mundo. Anualmente, mais de 8 milhões de pessoas morrem por causas relacionadas ao consumo de cigarro, que está diretamente relacionado a mais de 50 doenças.
Dentre os números apontados pela OMS, cerca de 7 milhões de mortes são causadas pelo uso direto do tabaco. Contudo, dos oito milhões totais de mortes, 1,2 milhões são resultados do fumo-passivo, onde a pessoa não consome o produto, mas convive com quem o faz.
Além disso, segundo a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, o tabagismo, atualmente, integra o grupo de transtornos comportamentais e mentais.
Quem convive em ambientes poluídos pela fumaça do cigarro está 25% mais propenso a ter infartos e tem 30% mais chances de desenvolver câncer pulmonar. O tabagismo ainda pode interferir na qualidade do seu sono. Quer saber mais sobre como o fumo afeta a saúde do seu sono? Confira este post do Blog CPAPS!
Descubra a relação entre o tabagismo e a saúde do sono
O tabaco apresenta efeitos semelhantes ao consumo de álcool antes de dormir. Em ambos os casos, a sensação de sonolência é comum. No entanto, pelo fato de tanto a nicotina quanto o álcool serem potentes estimulantes e agirem por horas após o uso, o sono não ocorre da forma que deveria. Portanto, ambos interferem na saúde do sono.
É comum que, após o consumo do cigarro, o fumante demore muito tempo para dormir e, depois de pegar no sono, não apresente um sono saudável da forma que deveria. Assim, é comum ter uma sensação de cansaço durante todo o dia e, em certos casos, o desenvolvimento de distúrbios do sono, como a apneia do sono, por exemplo.
Pelo que é afirmado pela National Sleep Foundation, o tabagismo está diretamente relacionado à insônia, baixa qualidade do sono e um menor tempo de horas dormidas. Portanto, o uso de cigarro antes de dormir não é uma prática aconselhada e pode, sim, afetar a sua saúde. Continue a leitura e descubra mais sobre o assunto!
Como o cigarro afeta o sono?
Em primeiro momento, é comum que o fumante sinta um forte relaxamento. Isso se deve à nicotina, que ativa a dopamina no cérebro, proporcionando uma sensação de prazer. Em contraponto, a nicotina também dificulta a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono. Assim, tornando o ato de pegar no sono mais difícil.
Além disso, a nicotina estimula a produção de adrenalina, que estimula o corpo. O resultado disso tudo é um sono superficial ou fragmentado e, em certos casos, até mesmo a insônia.
Leia também: Como o cigarro atrapalha a qualidade do sono?
Devido aos efeitos causados pela nicotina na química cerebral, é comum, portanto, que a pessoa que fuma antes de dormir apresente um sono bem agitado, muitas vezes interrompido durante a noite e, em certos casos, até desenvolva um quadro de apneia do sono. Continue a leitura e confira a lista de todos os malefícios que o cigarro proporciona à saúde do sono:
- Despertares noturnos;
- Aumento do ronco;
- Problemas para adormecer;
- Sono insatisfatório;
- Redução de O² na corrente sanguínea;
- Mau desempenho durante o dia;
- Problemas para acordar;
- Distúrbios do sono.
Parar de fumar de uma vez causa insônia?
Por mais que, a longo prazo, o ato de parar de fumar proporcione um sono de maior qualidade, em primeiro momento, os problemas de sono podem se intensificar. Inicialmente, a pessoa que optou por parar de fumar apresentará um quadro de insônia ou, até mesmo, sonolência excessiva.
Leia também: Dicas para acabar com a insônia
Isso se deve à ansiedade e às alterações das substâncias cerebrais. Com a retirada do estímulo proporcionado pela nicotina, é comum que haja reações adversas do cérebro, relacionadas a essa alteração de rotina. No entanto, com apoio psicológico é possível abandonar de vez o cigarro da forma menos danosa, entendendo todo o processo de abstinência e desenvolvendo técnicas para diminuir a falta do cigarro.
3 dicas para parar de fumar
Embora seja um processo que demande tempo e muita força de vontade, a longo prazo, parar de fumar proporciona muitos benefícios para a sua saúde de forma geral, incluindo um sono com mais qualidade. Com o tempo, os níveis cerebrais se normalizam e dormir se torna bem mais simples.
No entanto, parar de fumar não costuma ser uma tarefa fácil, visto que o cigarro causa dependência. Ao iniciar o processo, é comum que o ex-fumante apresente sintomas de abstinência e sinta muita vontade de voltar a fumar. Contudo, há algumas dicas que podem ajudar a diminuir esses sintomas. Confira agora mesmo!
1. Coma quando sentir vontade de fumar
É comum que, logo após largar o cigarro, o ex-fumante apresente vontade contínua de voltar ao velho hábito. Uma forma de diminuir essa vontade é fazendo a substituição do cigarro por algo comestível, por exemplo. Portanto, sempre que sentir vontade de fumar, pode mastigar algum chiclete ou bala zero açúcar, que vai manter a sua boa ocupada e diminuir a ansiedade.
No entanto, não é aconselhado que você comece a comer alimentos muito açucarados nesse momento. Isso pode facilitar o ganho de peso e aumentar a sua vontade de fumar. Quando a vontade de comer aumentar devido à falta de fumar, prefira alimentos cítricos, frutas e vegetais. E, após algum tempo, a ânsia por fumar terá diminuído e a sua alimentação se normalizará.
2. Desenvolva atividades prazerosas
Devido à vontade constante de fumar logo após abandonar o hábito, é necessário que o ex-fumante se mantenha distraído. Por isso, dedicar um tempo a atividades prazerosas durante o dia a dia é indispensável. Você pode, por exemplo, passear ao ar livre, se dedicar à jardinagem, pintar, praticar algum esporte ou até mesmo dedicar um tempo ao crochê. Isso ocupa a mente e diminui a compulsão por fumar.
3. Faça acompanhamento psicológico
Por influenciar completamente os seus níveis cerebrais, ao ser largado, a falta do cigarro “bagunça” completamente com seu cérebro. Nesse momento se apresentam diversos sintomas de abstinência, que podem minar completamente a sua força de vontade, fazendo com que acabe voltando a fumar.
Devido a isso, é indispensável que faça um acompanhamento com o psicólogo, que vai te ajudar nesse processo. O profissional vai te auxiliar a lidar com as crises de abstinência e desenvolver técnicas para quando a vontade de fumar ficar muito grande.
Saiba mais sobre saúde respiratória e qualidade do sono
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