Existem mais dispositivos digitais do que pessoas no Brasil. Isso é o que diz a pesquisa mais recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que revelou que existem, atualmente, 424 milhões de dispositivos (computadores, notebooks, tablets e smartphones) em uso no país. Com isso, não é possível mais negar: todo mundo está conectado, com os olhos sempre nas notificações que surgem nas telinhas. E é aí que mora o perigo. Afinal, você sabe como o seu celular atrapalha a sua noite de sono?
Ao todo, no Brasil existem 234 milhões de celulares, e a tendência é que esse número continue aumentando. Dessa forma, o número de distúrbios do sono causados pelo uso excessivo de aparelhos eletrônicos. O mais conhecido é a insônia, que pode ser desencadeada pela emissão de luz azul que parte desses aparelhos.
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O que é a luz azul
A luz azul é o tipo de iluminação emitida pelos aparelhos tecnológicos, como TVs, smartphones, notebooks e tablets. Dessa forma, ela funciona como um tipo de luz artificial. No entanto, o organismo não compreende que não se trata da luz do dia.
O ciclo circadiano, presente no corpo da maioria dos animais mamíferos, é o que nos faz diferenciar o dia da noite. Assim, conseguimos saber o momento de estarmos alertas e o momento para descansarmos. Por isso, a utilização de equipamentos eletrônicos, emissores desse tipo de luz artificial, atrapalha o ciclo. O resultado é uma pessoa alerta, sentindo-se mais agitada, quando deveria estar entrando em relaxamento antes de dormir.
Isso ocorre porque, com a luz, o corpo produz menos melatonina. Esse é um dos hormônios do sono mais importantes, responsável por permitir que o corpo se prepare para o repouso (logo, que dá a sensação de sono).
Como evitar o problema?
Um estudo encomendado pela empresa neerlandesa de tecnologia Royal Philips, feito com diferentes pessoas de 12 países, concluiu que, no Brasil, 36% da população sofre de insônia. Esse problema pode ser desencadeado por uma centena de fatores, sejam físicos ou psicológicos. Os mais comuns são o estresse, horários irregulares, utilização de determinados medicamentos, além da própria predisposição genética, herdada da família. Quem sofre de insônia pode encarar alterações no dia a dia, como dores de cabeça, e até o aumento do risco de desenvolver comorbidades, como o diabetes e a hipertensão.
Uma boa dica para contornar o problema é optar por técnicas de relaxamento. Explicamos nesse post aqui sobre como os aplicativos que promovem a meditação tiveram um boom durante o período da pandemia, uma vez que as pessoas se sentiram mais ansiosas. Você pode aprender técnicas de respiração para fazer antes de dormir e, assim, ter uma melhor noite de sono. As meditações guiadas também podem funcionar, com pessoas especializadas e que podem auxiliar no relaxamento.
O consumo de alimentos naturais, como leite e mel, além dos chás, também fazem toda a diferença para quem busca dormir melhor. Pequenas mudanças nos hábitos, como talvez mudar a posição da cama, o tipo de colchão e travesseiro, e a temperatura do ambiente, promovem maior sensação de conforto, facilitando a chegada do sono. Caso nada disso funcione, o ideal é buscar ajuda médica, que pode indicar medicações e terapias que podem solucionar o problema.
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