Você já sentiu suas pernas balançando antes de dormir, mesmo quando você não está se mexendo? Ou uma sensação estranha, como um puxão ou como se o corpo estivesse saltando? Essa é uma sensação um tanto comum para quem enfrenta a mioclonia do sono, popularmente conhecido como espasmos noturnos. Hoje, a CPAPS vai te ajudar a entender sobre!
Os espasmos noturnos, ou mioclonias, consistem em movimentos breves, rápidos, involuntários e bruscos. Esses episódios ocorrem durante o sono, ou quando a pessoa está prestes a dormir. Na maioria dos casos, não há motivos para se preocupar, pois é uma reação fisiológica (ou seja, natural do corpo) e que não prejudica o bem-estar ou a qualidade de vida do paciente.
No entanto, a mioclonia também pode indicar distúrbios do sistema nervoso central, como epilepsia, problemas metabólicos ou reação a medicamentos. Quando oferece riscos para o indivíduo, deve-se buscar a orientação de um médico especialista, que irá indicar as melhores formas de tratamento.
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Tipos de mioclonia noturna
Chamada de mioclonia do sono, essa condição envolve pequenos espasmos e tremedeiras repentinas que acontecem enquanto a pessoa dorme. É um sintoma involuntário, que pode ocorrer afetando músculos menores e causando movimentos principalmente dos braços ou das pernas, assemelhando-se a espasmos musculares.
Um exemplo muito usado para identificar a mioclonia é o sonho vívido. Ela pode resultar na sensação de estar caindo, ou prestes a cair, que faz a pessoa despertar de repente antes da ação acontecer. É um tipo de reação ainda sem muita explicação, não sabendo-se exatamente a origem desses movimentos.
Segundo especialistas, esse fenômeno consiste em uma espécie de conflito cerebral. O sistema que mantém a pessoa desperta interfere no que induz o sono. Isso pode acontecer porque, mesmo durante o sono, o sistema motor ainda possui um certo controle sobre o corpo.
Existem diferentes tipos de mioclonia, sendo a fisiológica, a idiopática, a epilética e a secundária, além da própria mioclonia noturna. Conheça agora os 4 tipos de mioclonia:
1. Mioclonia fisiológica
Esse é o tipo de mioclonia considerada comum, que pode acometer pessoas saudáveis. Ela não necessita de nenhum tipo de tratamento específico. Um exemplo de mioclonia fisiológica é o soluço, um espasmo involuntário do diafragma.
Além disso, os tremores ou espasmos no início do sono e após a alimentação também são comuns (este último, especialmente em crianças).
2. Mioclonia idiopática
Neste tipo de mioclonia, o espasmo acontece espontaneamente, sem estar relacionado diretamente com alguma atividade, sendo imprevisíveis. Não associado com outros sintomas ou doenças, pode interferir e oferecer sérios riscos no dia a dia do indivíduo, como em casos de motoristas e operadores de máquinas. Em alguns casos, está associado com fatores hereditários, ou seja, o histórico familiar.
3. Mioclonia epiléptica
Como o próprio nome sugere, a mioclonia epiléptica está relacionada com distúrbios de epilepsia (epilepsia mioclônica juvenil, doença de Creutzfeldt, doença de Parkinson e doença de Alzheimer, por exemplo). A pessoa lida com convulsões, movimentos rápidos em diferentes partes do corpo, como braços e pernas.
Neste caso, pode ser indicado por um especialista um tratamento com uso de medicamentos, que irão controlar esses reflexos involuntários, além da análise das doenças que causam a mioclonia como principal sintoma.
4. Mioclonia secundária
A mioclonia secundária, também podendo ser chamada de “mioclonia sintomática”, tem como associação outras doenças ou condições médicas. Alguns exemplos são concussões, lesões na medula espinhal, infecções, asfixia, doenças autoimunes e metabólicas.
Existe tratamento para os espasmos noturnos?
Dependendo do tipo de espasmo que a pessoa vivencia, pode existir a necessidade de iniciar um tratamento. Atualmente, tranquilizantes costumam ser os mais prescritos nestes casos, combatendo os sintomas. A terapia ocupacional também pode ser uma saída, uma vez que os espasmos podem estar relacionados com situações de estresse no cotidiano.
Outra opção que pode ser recomendada por médicos é a utilização de anticonvulsivantes, dependendo do nível de gravidade da mioclonia. Quando o problema é fisiológico, causado por tumores ou lesões no cérebro ou na medula espinhal, a solução pode ser a cirurgia.
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