O uso do cigarro eletrônico, especialmente entre jovens, aumentou de forma exponencial nos últimos anos. Essa popularidade crescente levanta sérias preocupações sobre os impactos agressivos à saúde que esses dispositivos podem causar.
Embora muitos usuários acreditem que o cigarro eletrônico seja uma alternativa mais segura ao cigarro tradicional, estudos mostram que essa percepção pode estar equivocada. Descubra agora no conteúdo da CPAPS, como os cigarros eletrônicos funcionam e os malefícios associados ao seu uso. Boa leitura!
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O que é um cigarro eletrônico?
O cigarro eletrônico, ou vape, é um dispositivo que aquece um líquido contendo nicotina, aromatizantes e outros produtos químicos para criar um vapor que é inalado pelo usuário. Diferente dos cigarros tradicionais, que queimam tabaco, os cigarros eletrônicos utilizam uma bateria para aquecer o líquido e transformá-lo em vapor. Apesar de não produzir a fumaça típica do cigarro convencional, os vapes ainda apresentam riscos significativos à saúde.
Segundo uma pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), o número de fumantes de cigarro eletrônico no Brasil aumentou em 600%, entre 2018 e 2023. Os estados com mais fumantes são Paraná (4,5%), Mato Grosso do Sul (4%) e Distrito Federal (3,7%).
Vale reforçar que a venda de vapes no Brasil é proibida pela Anvisa desde 2009.
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Malefícios do cigarro eletrônico
1- Problemas respiratórios: O uso de cigarros eletrônicos tem sido associado a diversas condições respiratórias, incluindo bronquite crônica e doenças pulmonares obstrutivas. A exposição prolongada ao vapor pode levar a danos permanentes no tecido pulmonar, além de piorar condições como a asma e a apneia do sono.
Uma das condições causadas pelos famosos “vapes”, foi detectada pela primeira vez há alguns anos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, e justamente por estar associada ao uso do cigarro eletrônico, recebeu o nome de Evali (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury).
A Evali causa uma lesão nos pulmões, como uma inflamação, que pode gerar febre, calafrios, dor no peito, tosse e falta de ar.
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- Alta concentração de nicotina e metais pesados: O cigarro eletrônico pode conter níveis extremamente altos de nicotina, uma substância altamente viciante. A nicotina é absorvida rapidamente pelo corpo, chegando ao cérebro em segundos e podendo causar dependência química.
Já os líquidos do vape, contêm metais pesados como ferro, níquel, cobre, zinco e chumbo, entre outros. Quando aquecidos e inalados, esses metais podem causar danos severos aos pulmões e ao sistema cardiovascular.
- Doenças cardiovasculares: As substâncias inaladas através desses dispositivos não apenas causam inflamação no sistema respiratório, mas também podem entrar na corrente sanguínea, levando a reações inflamatórias nos tecidos do coração e das artérias.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o uso de cigarro eletrônico está associado a um aumento no risco de desenvolver condições graves, como a síndrome coronariana aguda e o infarto.
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- Impacto rápido e direto: A forma como o vapor dos cigarros eletrônicos é inalado permite que a nicotina e outros produtos químicos cheguem rapidamente aos pulmões e ao cérebro, aumentando o risco de danos imediatos e de longo prazo à saúde.
- Faz tão mal quanto o cigarro tradicional: Apesar de serem comercializados como uma alternativa “mais leve e segura” e serem atrativos aos jovens pelo design moderno e sabores de frutas, o cigarro eletrônico é tão prejudicial quanto os cigarros tradicionais. Ambos contêm nicotina e outros produtos químicos nocivos que podem causar os mesmos danos à saúde.
Cuide da sua saúde com a CPAPS
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Fontes:
Secretaria de Saúde do Distrito Federal