Você sabia que os aparelhos biníveis, como o BiPAP e o VPAP, são de extrema importância para o tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ELA)? Além de contribuírem para a melhora da qualidade de vida durante o tratamento, eles ajudam na mobilidade torácica, facilitando a respiração de pacientes com esclerose lateral.
No entanto, a relação entre o BiPAP e os tratamentos para esclerose lateral amiotrófica vai muito além. Neste post, trouxemos um compilado de informações sobre a esclerose lateral, sintomas e tratamentos, além de explicar sobre a relação dos aparelhos biníveis com o tratamento. Continue a leitura e se inteire sobre o assunto!
Esclerose Lateral Amiotrófica: o que é, causas, sintomas e tratamento
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é um tipo de doença degenerativa progressiva, que afeta o sistema nervoso e causa paralisia motora gradual e irreversível. Com a evolução da paralisia causada pela doença, ocorre a perda de capacidades físicas básicas, como a habilidade de falar, engolir e, por vezes, respirar.
De acordo com o Ministério da Saúde, a ELA é uma das principais patologias neurodegenerativas – entre outras doenças, como Parkinson e Alzheimer. Em geral, essa patologia costuma atingir pessoas entre 50 e 75 anos de idade, sendo duas vezes mais comum entre os homens.
Quais são os fatores que causam a esclerose lateral?
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, ainda não existem causas conhecidas da ELA. No entanto, até onde se sabe, cerca de 10% dos casos ocorrem por alguma falha genética. Quando acometido pela patologia, os neurônios do paciente começam a se desgastar, o que influencia na comunicação com a musculatura.
Contudo, além dos fatores genéticos, existem outras causas possivelmente relacionadas ao desenvolvimento da doença, confira:
- Patologias autoimunes
- Desequilíbrio químico cerebral
- Mau uso das proteínas
- Mutação genética
Esclerose lateral amiotrófica: sintomas
Dentre os sintomas da ELA, o principal é a progressão de debilidade e atrofia da musculatura, que pode evoluir até atingir a musculatura responsável pela movimentação da caixa torácica e respiração. No entanto, esses não são os únicos sintomas da patologia. Confira alguns indícios que necessitam de atenção:
- Diminuição progressiva da força muscular
- Perda gradual de coordenação motora
- Problemas para engolir
- Aumento da dificuldade respiratória
- Dificuldade para subir escadas, levantar e caminhar
- Engasgos constantes
- Problemas de dicção e gagueira
- Cãibras, contrações constantes da musculatura e atrofia muscular
- Rouquidão e alterações no tom de voz
- Perda de peso e tônus muscular
Lembre-se que essa patologia tende a ser mais comum entre a população masculina com 50 anos ou mais, por isso, no caso deles, é preciso ter atenção redobrada em relação ao aparecimento de possíveis sintomas.
Esclerose Lateral Amiotrófica: como é o diagnóstico?
A princípio, o diagnóstico da esclerose lateral se dá por meio de análises clínicas e exames físicos realizados por um médico, que podem indicar sinais ou sintomas relacionados ao problema. E, para confirmar o diagnóstico, o especialista solicita alguns exames mais específicos, como:
- Teste da respiração
- Exame de sangue
- Análise genética
- Estudo da saúde nervosa
- Punção lombar
- Tomografia e ressonância magnética da cabeça e/ou coluna vertebral
Caso observe o aparecimento de quaisquer sintomas que citamos neste artigo, é importante que você procure um médico especialista para a averiguação e diagnóstico correto.
É possível curar a Esclerose Lateral?
A Esclerose Lateral Amiotrófica não tem cura. Porém, com o tempo e o tratamento adequado, cerca de 25% dos pacientes acometidos pela patologia sobrevivem por mais de 5 anos após o diagnóstico. O tratamento da doença é feito por meio de medicamentos paliativos e formas de terapia que ajudam na melhora da qualidade de vida.
Durante o tratamento da patologia, é possível, também, realizar uma reabilitação, com o objetivo de ajudar a retardar a evolução da doença. Esse tipo de tratamento consiste em medidas relacionadas à dor, técnicas para movimentação e fortalecimento dos músculos e articulações.
Além disso, a terapia respiratória com equipamentos, como os BiPAPs, também pode ser indicada. Confira como os aparelhos podem fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica.
Como o BiPAP auxilia na Esclerose Lateral Amiotrófica?

Como dissemos acima, a deficiência da musculatura ocasionada pela doença evolui progressivamente, inevitavelmente atingindo os músculos responsáveis pela movimentação da caixa torácica. Assim, por consequência, a doença interfere diretamente na respiração, dificultando muito a ventilação e oxigenação natural do corpo.
Nesse momento, os aparelhos BiPAP podem contribuir e muito para o tratamento dos pacientes, além de proporcionarem mais conforto e qualidade de vida para eles. O aparelho atua no auxílio da mobilidade torácica, facilitando a respiração do paciente, o que, por consequência, evita a sobrecarga do sistema respiratório.
Para saber mais sobre o assunto, conte com a fisioterapeuta Aline Erika, que nos explicou melhor sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica em uma entrevista. Para ler mais, clique aqui e confira agora mesmo esse conteúdo!