Você já sentiu como se sua respiração estivesse acelerada, uma falta de ar repentina e que aparentemente não teria motivos para ocorrer? A taquipneia, como é chamada pelos médicos, é um sintoma que pode ser causado tanto por conta de doenças respiratórias e distúrbios fisiológicos, quanto por estresse, prática de exercícios, e até quando estamos apaixonados.
Diferentemente da apneia e da hipopneia, que causam a obstrução da passagem do ar pelas vias respiratórias, a taquipneia ocorre quando o organismo identifica a falta de oxigênio e tenta compensá-la com uma respiração mais rápida.
Sendo assim, o intuito dessa respiração acelerada é levar mais ar aos pulmões, e, consequentemente, acelerar as trocas gasosas durante crises respiratórias.
Portanto, a taquipneia é um sintoma de doenças relacionadas à falta de ar e hipóxia, quando ocorre a diminuição nos níveis de oxigênio em nosso corpo. Você entenderá melhor a seguir nesse artigo!
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Sintomas, causas e fatores de risco para a taquipneia
Durante um episódio de taquipneia, a pessoa pode apresentar sintomas como:
- Respiração e ritmo cardíaco acelerados;
- Dor no peito
- Sensação de falta de ar; e
- Coloração azulada nos dedos e lábios.
Segundo especialistas, a taquipneia é caracterizada quando a pessoa completa mais de 20 ciclos respiratórios por minuto. Dentre suas principais causas, estão:
- Crises de pânico e ansiedade;
- Doença pulmonar obstrutiva crônica;
- Asma e bronquite; e
- Diminuição do pH no sangue (quando o fluxo sanguíneo torna-se mais ácido, fazendo com que o corpo tenha de eliminar dióxido de carbono excessivo).
Uma curiosidade sobre a taquipneia é que ela também pode ser identificada quando estamos apaixonados, por exemplo. Quem nunca sentiu as famosas “borboletas no estômago”, o coração acelerado, as mãos geladas e suadas ao ver a pessoa amada?
Ainda que seja algo inofensivo, a paixão é capaz de fazer com que nosso organismo entre em desequilíbrio. E, nestes casos, causa o aumento da adrenalina e faz com que fiquemos sem fôlego. A ideia, que em si é muito romântica, é considerada uma “disfunção fisiológica” – mas, sabemos, sem nenhum risco de vida, é claro.
O mesmo pode ocorrer quando nos encontramos em situações de perigo (estado de luta ou fuga), quando nosso sangue é enviado com mais intensidade para nossos membros com o intuito de correr ou brigar. Após essa descarga de adrenalina, episódios de taquipneia podem ser facilmente identificados para retomar a respiração e estado normais.
Taquipneia transitória do recém-nascido
Assim como em adultos, bebês também podem lidar com a taquipneia após o nascimento. Em geral, o recém-nascido é estimulado a respirar sozinho, para garantir sua autonomia respiratória. No entanto, como os pulmões ainda não estão acostumados com essa função, o bebê pode apresentar episódios de taquipneia para obter mais oxigênio.
Além disso, os pulmões de um bebê podem possuir líquidos acumulados, de forma que dificulta um pouco a respiração. E, quando esse líquido não é totalmente absorvido pelo organismo, a respiração pode ficar acelerada.
Para garantir o bem-estar, alguns recém-nascidos podem estar sujeitos à ventilação mecânica não-invasiva com o auxílio de um CPAP. Esse aparelho irá possibilitar que o bebê esteja sempre respirando oxigênio, sem interrupções, com uma pressão contínua.
Dessa maneira, o recém-nascido pode se adaptar mais facilmente à respiração fora do ventre da mãe, e, então, deve estar pronto para ter autonomia, sem mais a necessidade de suporte de oxigênio.
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