Quando o assunto é mobilidade para pessoas que precisam de oxigenoterapia, a dúvida frequente é: Concentrador de oxigênio ou balão de oxigênio, qual usar? A oferta de gás oxigênio (O2) com fins terapêuticos, realizados em ambientes hospitalares e ambulatoriais, através equipamentos portáteis – concentrador ou balão de oxigênio, conhecido também como cilindro de oxigênio – são necessários para manter a estabilidade dos níveis de oxigênio no organismo.
O QUE É BALÃO DE OXIGÊNIO?
O balão de oxigênio – ou cilindro de oxigênio como costumam nomear – é um reservatório de oxigênio feito de alumínio ou aço e tem seu volume medido em litros. Há balão de oxigênio portátil, que tem uma media de volume de 1,7 a 7 L e balão de maior capacidade, chegando até 50 litros.
O balão de oxigênio recebe vários acessórios para que o usuário comece o tratamento, entre eles:
- Manômetro: Consiste em uma válvula que tem como objetivo regular a pressão interna, semelhante a um relógio de ponteiro.
- Fluxômetro: Mede o volume de saída de oxigênio por minuto
- Umidificador: Copo que recebe a água destilada para evitar o ressecamento das vias aéreas
- Cateter nasal: Acessório conectado para levar o oxigênio concentrado ao usuário
CONCENTRADOR DE OXIGÊNIO PORTÁTIL
O concentrador de oxigênio é um equipamento que se conecta a energia elétrica ou bateria, se for concentrador portátil. Este equipamento utiliza o ar ambiente para filtrar o oxigênio, purifica o ar e envia em dosagens ajustadas a necessidade do usuário.
A produção de O2 no concentrador de oxigênio, é em uma concentração acima de 93%. Diferentemente do balão de oxigênio, o concentrador tem o fluxômetro já acoplado, e precisa apenas adicionar o umidificador e a cânula nasal a ser acoplada. Entretanto, a desvantagem do concentrador de oxigênio portátil, diferentemente do balão de oxigênio, tem a capacidade de concentração limitada entre 0,5l/min e 2l/min, com isso, as pessoas que precisam de alto nível de concentração precisam optar pelo cilindro de oxigênio.
Mas, se a concentração estiver limitada a 2l/min, o concentrador de oxigênio portátil pode ser uma opção mais econômica e pratica, devido a sua ergonomia e pela não necessidade de uma recarga de oxigênio periódica.
QUAL OXIGÊNIO PORTÁTIL ESCOLHER
Oferecer mobilidade as pessoas que precisam de concentração de oxigênio é devolver a liberdade e autonomia em atividades simples do dia a dia, como ir a uma consulta médica, jantar em família e até mesmo a passeio com parentes e amigos. Mas, afinal, qual a melhor opção? Apesar dessa decisão depender de muitos fatores, tanto o balão de oxigênio quanto o concentrador de oxigênio portátil são opções adequadas para complementação de oxigênio. Vale analisar as necessidades do paciente e conciliar a decisão juntamente com a equipe terapêutica de acompanhamento.O concentrador portátil de oxigênio oferece essa conveniência, pois seu funcionamento é a base de baterias recarregáveis.
O balão de oxigênio também pode permitir que o usuário se desloque, porém, é necessário ter sempre um outro em reserva, para que o usuário não fique sem a complementação de oxigênio, enquanto um deles estiver na assistência para ser preenchido. Além disso, especialistas recomendam que o cilindro de oxigênio seja utilizado em situações emergenciais, já que o concentrador de oxigênio portátil é um aparelho eletrônico e está sujeito a apresentar defeito ou não contenha bateria suficiente para manter o período que estará sem acesso à energia elétrica.
SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
Se dividem em sistemas de baixa ou alto fluxo. O sistema de baixo fluxo usa-se máscaras faciais comuns e cateter nasal, ofertando até 5 L de oxigênio por minuto, onde o fluxo de O2 e a capacidade reservatória não são suficientes para atingir a ventilação total do paciente. No sistema de alto fluxo pode-se ofertar de 5 a 10 L/min, e tanto o fluxo quanto o reservatório são suficientes para atender a necessidade do paciente.
Dispositivos para administrar oxigênio
- Cânula nasal: usados quando o paciente necessita de uma concentração média ou baixa de oxigênio. É um dispositivo simples, que permite a alimentação e fala usando sem interromper o uso.
- Máscara simples e com reservatório: pode ser administrado com concentração de 35 a 100% e fluxo de 6 a 15L/min. O reservatório tem como objetivo a reutilização parcial do O2 ofertado no próximo ciclo ventilatório.
- Máscara de Venturi: indicada para fluxo de 4 a 15L/min e concentração de 02 entre 24 e 50%. É o método mais seguro e preciso para liberação de oxigênio, exerce um princípio de captação do ar onde a pressão do jato seja constante na mistura.
A IMPORTÂNCIA DO OXIGÊNIO NO ORGANISMO
Quaisquer alterações na concentração da hemoglobina responsável pelo transporte de O2 no sangue ou na mecânica ventilatória pode alterar a troca gasosa, promovendo então alterações patológicas. Sendo então necessário a oferta de gás complementar.
Chamamos de hipoxemia a deficiência de oxigênio no sangue arterial, e hipoxia a deficiência deste nos tecidos. Sendo assim, é essencial a caracterização do diagnostico, através da monitorização das variáveis fisiológicas e então conduzir o tratamento ao paciente. Portanto, é indispensável a verificação da oximetria de pulso e a coleta da gasometria arterial. É indicado para:
– Melhora de oxigenação tecidual;
– Redução da sobrecarga cardíaca;
– Amenizar os quadros de insuficiência respiratória aguda ou crônica
– Redução dos sintomas causados pela apneia obstrutiva do sono (SAOS).
EFEITOS DELETÉRIOS DO OXIGÊNIO
Os efeitos causados devido ao tempo de exposição e administração equivocada podem levar comprometimento ao sistema nervoso central, respiratório e cardiovascular.
Dentre os efeitos destacam-se: diminuição do sistema respiratório e aumento da concentração do dióxido de carbono, atelectasia por absorção, redução da capacidade vital, aumento do shunt pulmonar, alteração na relação ventilação/perfusão, diminuição do surfactante pulmonar e desidratação das mucosas.
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