Uma dúvida comum entre as pessoas que desconfiam sofrer de algum distúrbio do sono é como identificar e diagnosticar o problema. Os estudos e testes relacionados à qualidade do sono datam do século XX, onde foi desenvolvido o teste de polissonografia basal, por Rechtschaffen e Kales.
Hoje em dia, o exame polissonografia basal é considerado pela American Academy of Sleep Medicine (AASM) o método mais indicado para diagnóstico de quaisquer distúrbios do sono. Contudo, existem mais de um tipo de exame, a polissonografia basal e a comum.
Neste artigo te contamos melhor sobre como funciona a polissonografia basal noturna e quais são os resultados que ela busca apontar, assim como pode ser indispensável para uma boa saúde do sono.
Entenda como é realizada a polissonografia
Conhecida como o exame do sono, a polissonografia é realizada por meio de sensores colocados sobre a pele durante o sono. Esses sensores registram as ondas cerebrais, o nível de oxigênio no sangue, frequência cardíaca e respiratória, além do movimento dos olhos e das pernas durante o estudo. Com isso, são avaliados os esforços respiratórios realizados pelo paciente, conferindo a gravidade do problema.
Todas as informações coletadas são enviadas a aparelhos computadorizados, que permitem a organização dos dados e a análise durante o sono, em tempo real. Por meio disso, é possível avaliar a qualidade do sono do paciente e possíveis distúrbios respiratórios durante uma noite de sono. De acordo com o fisioterapeuta e especialista da CPAPS, Eduardo Partata, o exame é simples e indolor.
“A polissonografia é indicada para pessoas de todas as idades que apresentam os sintomas da apneia do sono, como ronco, sonolência diurna, cansaço excessivo e mau-humor. O exame analisa a qualidade do sono e ajuda a diagnosticar as doenças relacionadas”, completa o fisioterapeuta da CPAPS.
Contudo, por mais que seja indolor, o procedimento pode ser um tanto incômodo para muitos dos pacientes, já que ele precisará dormir em um ambiente desconhecido, além da presença de todos os fios e sensores. No entanto, na maioria das vezes, a polissonografia ocorre bem e o paciente consegue obter o diagnóstico do qual precisa e, posteriormente, proceder com o tratamento mais adequado para o problema identificado.
Veja quais são os tipos de polissonografia basal e onde fazer
O exame de polissonografia é dividido em 4 tipos, enumerados de um a quatro. Dentre o que diferencia cada tipo de exame está na sua realização, se ele é feito em casa ou em consultório e quantos canais de sinal o exame capta.
- A polissonografia basal tipo 1 é obrigatoriamente realizada em um laboratório especializado com o acompanhamento do técnico e, durante sua realização, o especialista capta todos os 7 canais de sinal.
- No caso da polissonografia basal tipo dois, é um pouco diferente, já que é realizada sem a presença de um técnico e pode ser feita à domicílio. No entanto, assim como feito na tipo 1, é analisado todos os 7 canais de sinal.
- Já na polissonografia tipo 3, também conhecida como polissonografia cardiorrespiratória, são analisados apenas nos canais de 4 a 7, sem a presença do técnico. Assim como a tipo 2, pode ser feita em casa.
- Durante a realização da polissonografia tipo 4 também não há a presença de um técnico e pode ser feita em casa. Contudo, no caso desse procedimento, são analisados os sinais 1 e 2 apenas, sendo um deles a oximetria.
Na polissonografia domiciliar, o paciente recebe a visita de um técnico credenciado para preparar os aparatos para o exame. Assim como no laboratório, o paciente coloca os sensores e recebe orientações. Nesse caso, o preço da polissonografia pode mudar um pouco, já que, normalmente, é cobrada uma taxa de deslocamento do técnico para a residência.
Polissonografia basal noturna: resultado
Após a realização do exame durante a noite, as informações que forem coletadas serão computadorizadas. A partir daí, um especialista irá analisar e interpretar os resultados obtidos a fim de identificar quaisquer distúrbios durante o sono, como a apneia do sono, por exemplo, que deve ser tratada por meio de terapia com CPAPs.
Cuidados prévios à polissonografia
Como qualquer outro exame, alguns cuidados devem ser tomados antes e durante a realização do exame do sono. Deve-se evitar café, refrigerantes ou qualquer alimento e bebida que contenham cafeína nas 24h anteriores à polissonografia, além de não ingerir bebidas alcoólicas durante as 48h antes do exame. Também é contraindicado o uso de maquiagem e de esmaltes escuros.
O paciente deve levar seus objetos pessoais, como pijama ou camisola e escova de dentes. É necessário manter o uso dos medicamentos que consome e levá-los no dia da polissonografia. Para crianças, os pais podem (e devem!) acompanhá-las, podendo permanecer no laboratório durante a noite.
Além disso, o paciente ou responsável legal deve destacar ao médico ou técnico se faz a utilização de alguma medicação, como para o controle de hipertensão, diabetes e afins, ou o fez nas últimas 72h. Após a realização do exame, o paciente pode retomar suas atividades habituais normalmente, sem necessidade de repouso.
Em caso de doença ou outras queixas que fogem do habitual, como gripe e tosse, é indicado que o exame seja remarcado, para que os resultados sejam os mais precisos possíveis. Você também pode realizar o teste do sono disponibilizado pela CPAPS, por meio deste link. Se tiver dúvidas sobre, converse com nossos consultores no WhatsApp: (27) 99575-6948.
- Poluição de carros aumenta problemas respiratórios - 13 de novembro de 2023
- DreamStation: CPAP tecnológico da Philips Respironics - 22 de maio de 2023
- Polissonografia basal: o que é e como melhora a sua saúde? - 3 de abril de 2023
15 comentários