Cada vez mais, a qualidade de vida tem sido uma preocupação entre pessoas de todas as idades. Contudo, nos últimos anos, muitos jovens têm se engajado em cuidar da própria saúde — física e mental —, deixando de ver outras áreas da vida de forma prioritária, como trabalho, em detrimento ao autocuidado. E ao que tudo indica, esse movimento é uma tendência para as próximas gerações.
Por outro lado, a sociedade vem de uma tendência muito clara, onde algumas áreas da vida eram colocadas em prioridade: carreira, relacionamentos e sucesso. Contudo, o olhar das novas gerações vem com uma nova perspectiva, onde os principais valores da vida estão em uma boa saúde mental, bem-estar físico, autocuidado e felicidade acima de tudo. Neste conteúdo, abordamos o tema, indicando como os jovens vêm se cuidando. Confira!
Grupo Geometry estuda a relação entre jovens e trabalho
Segundo um estudo desenvolvido pelo Grupo Geometry, as empresas precisam se adaptar para manter os colaboradores millenials, que já não têm o dinheiro como uma prioridade de vida. Hoje em dia, o bom salário está muito distante do que os jovens realmente buscam em um emprego — as novas gerações estão levando muito mais em consideração na hora de planejar a carreira.
A pesquisa foi realizada com cerca de dois mil jovens entre 18 e 20 anos. De acordo com o estudo, a “qualidade de vida” é o que o público questionado mais valoriza nas entrevistas de emprego, totalizando 38% das respostas. Por outro lado, o segundo item mais valorizado é “carreira” — possibilidade de crescimento —, com 24%. Por sua vez, o “dinheiro” aparece em terceiro lugar com 19%, ainda empatado com a “contribuição para a humanidade” — empresas engajadas socialmente.
Conforme o relatório disponibilizado pelo grupo, as novas gerações estão muito mais engajadas em envolvimento emocional quando procuram por um emprego. E, segundo afirmado por David Whittaker, diretor-executivo da Marketdata/WPP — grupo dono da Geometry Global —, os dados obtidos servem como um alerta para as empresas se adaptarem à nova realidade.
O estudo conclui que atualmente os jovens valorizam trabalhos onde são valorizados. No sistema de trabalho mais antigo, muitas empresas tinham problemas com os trabalhos paralelos e os hobbies dos funcionários. Seguindo no rumo contrário a esse sistema, os milleniels valorizam locais de trabalho que veem esses “paralelos” como algo positivo.
Bens materiais não são prioridade para as novas gerações
O estudo desenvolvido pelo Grupo Geometry também trouxe informações muito interessantes sobre a relação entre os jovens e os bens materiais. A casa própria só é considerada importante para 17% dos entrevistados, enquanto os carros só são prioridade para 11%. Por outro lado, em termos de relevância, 21% colocam os estudos como prioridade e a experiência de vida vem com 19% das respostas.
Além disso, há também os projetos sociais e o desejo de ter filhos, que empatam com 13% das respostas. E apenas 6% dos entrevistados responderam que ter fama ou um canal no YouTube de sucesso como um objetivo de vida — o que quebra a crença popular de que muitos dos jovens desejam ser famosos na internet hoje em dia.
Saúde mental é uma prioridade para a juventude
Os primeiros anos da vida adulta são cheios de mudanças, como a saída da escola para a universidade, o início da carreira profissional e a saída da casa dos pais. Todas essas viradas que a vida dá nesse período podem ser muito estressantes e, inclusive, ser um impacto grande para a saúde mental — levando a quadros de doenças mentais como ansiedade e depressão.
Segundo o Ministério da Saúde, metade das doenças mentais aparece por volta dos 14 anos, mas a maioria dos casos não é tratada nem detectada. Isso leva a um agravamento do problema, que pode piorar muito durante o período do início da vida adulta. Contudo, os jovens vêm se atentando a esses problemas e buscando tratamento mais cedo.
Atualmente há uma valorização crescente quanto a importância da saúde mental, especialmente entre os jovens. Muitos têm buscado formas de autocuidado, como o acompanhamento psicoterapêutico, de forma a promover e proteger a própria saúde frente às mudanças pelas quais passam — que podem impactar muito a vida.
A qualidade do sono impacta na sua saúde mental
A relação entre sono e saúde mental é um tema complexo que requer uma ampla compreensão dos diversos fatores envolvidos. Essa via de mão dupla pode causar problemas em ambas as direções, e o sono pode interferir na nossa saúde, assim como a nossa saúde pode interferir no sono.
A falta de sono ou distúrbios do sono podem afetar diretamente os níveis de hormônios do estresse e neurotransmissores, o que pode causar problemas no cérebro que podem afetar a qualidade do pensamento e a regulação emocional, piorando, em última análise, os efeitos da doença mental. Dormir pouco ou nenhum sono pode prejudicar o sistema cognitivo, o que pode causar sonolência, dificuldade de concentração, sofrimento emocional e até problemas de saúde mental, como depressão, TDAH, transtorno bipolar e muito mais.
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Fontes: Meio & Mensagem.
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